Não é possível que ele disse isso! Jornalista perdeu a noção ao falar do Botafogo

Nesta quinta-feira (1), durante o programa “Redação SporTV”, o comentarista Carlos Eduardo Éboli desencadeou uma discussão fervorosa ao categorizar o Botafogo como uma “barriga de aluguel” na transferência de Luiz Henrique, visando uma eventual ida para o Lyon, outro clube pertencente à holding de John Textor. 

A polêmica surgiu logo após o anúncio oficial da contratação do atacante pelo Glorioso.

Botafogo é chamado de “barriga de aluguel” em transferência de Luiz Henrique para Lyon, afirma comentarista

Éboli provocou: “Foi um anúncio do Botafogo mesmo? (risos). Não foi o Botafogo que passou à frente (dos outros clubes), foi o John Textor. É um negócio do John Textor. Pelo que foi colocado publicamente, o Botafogo é uma barriga de aluguel. Vai pegar o Luiz Henrique por um período que tende a ser de seis meses a um ano, e depende muito de ambiente, do momento do Lyon…”

O apresentador Marcelo Barreto ressaltou a magnitude da transferência, considerada a maior da história do futebol brasileiro. 

“A entrada do Botafogo no negócio foi avassaladora. O Corinthians demonstrou interesse, mas não tinha dinheiro. O Fluminense tentou, mas queria convencer o Betis a emprestar. O Flamengo tentou a estratégia do ‘gelo no sangue’, não tinha como pagar tudo, e o Botafogo anunciou. Para o torcedor, o maior impacto é que hoje o clube tem o jogador mais caro em termos absolutos já anunciado no futebol brasileiro”, afirmou Barreto.

O tempo de permanência de Luiz Henrique no Botafogo foi alvo de debate. 

“Temos tido dificuldade de entender como funcionam os negócios de uma holding. Nossa cobertura sempre foi de clube para clube. Essa história de ponte é diferente e ainda estamos tentando entender até contratualmente como funciona. O que depreendemos da notícia é que o contrato não é leonino. Parece haver uma flexibilidade. Para mim, meia temporada é ruim, uma temporada inteira é boa. O jogador ir embora no fim do ano faz parte do jogo. Se for no meio, dá aquele tom de frustração”, frisou Barreto.

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Éboli enfatizou a necessidade de adaptação a essa nova realidade do futebol, onde as decisões são influenciadas por aspectos financeiros. 

“O Botafogo é um braço de negócio do John Textor, ele vai olhar para o Botafogo como negócio, assim como o Lyon. Faz parte de ter um bom negócio ter ativos financeiros que entreguem algo bom para o jogo. Mas é negócio. Se o Luiz Henrique não se mantiver como um ativo no mercado, ele vai buscar uma nova vitrine para que ele não tenha perda. Se o Botafogo for capaz de potencializar o Luiz Henrique, isso pode mudar o rumo da prosa”, acrescentou.

A discussão culminou com Éboli ponderando sobre os aspectos positivos e negativos da possível saída de Luiz Henrique no meio da temporada. 

“Não classifico como péssimo negócio se ele sair no meio do ano. Pensando no curto prazo, pode significar um acréscimo técnico capaz de impulsionar o Botafogo à fase de grupos. O ruim é o ao longo prazo. Quando discutimos sobre planejamento, esquema tático, para o Tiago Nunes pode ser frustrante ver esse time se acertando com ele como protagonista e perdê-lo no momento mais agudo da temporada. O Suárez, por exemplo, ficou um ano no Grêmio, e olha o legado que ele deixou.”