Na mais recente reviravolta no embate entre John Textor, acionista da SAF do Botafogo, e a Abrafut (Associação Brasileira dos Árbitros de Futebol), a defesa do empresário elevou o tom e desferiu críticas contundentes à entidade.
Em resposta à notificação de infração protocolada pela Abrafut, os advogados de Textor, representados por Luciana Lopes, Pedro Henrique Moreira e Tiago Amaro do escritório “Lopes da Costa & Associados”, categorizaram a associação como um “clube de amigos” e a rotularam como “ilegítima”.
Defesa de John Textor responde à Abrafut: “Associação é Chamada de ‘Clube de Amigos’ e ‘Ilegítima’
A defesa ressaltou veementemente que a Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) é a entidade legítima para representar os árbitros, enfatizando que a própria Anaf indicou dois representantes para a composição atual do Pleno do STJD.
Isso inclui o presidente em exercício, Felipe Bevilacqua, que assumiu o cargo após a nomeação de José Perdiz pela Justiça como interventor da CBF, sucedendo a destituição de Ednaldo Rodrigues.
A recente notificação de infração, protocolada pela Abrafut na última segunda-feira (11), foi motivada pela resposta pública de John Textor à presidente do Palmeiras, Leila Pereira, publicada em seu site.
A Associação de Árbitros de Futebol do Brasil interpretou as declarações do norte-americano como uma tentativa de colocar os árbitros “sob suspeição” ao mencionar “manipulação”.
No entanto, a defesa de Textor argumenta veementemente que o acionista da SAF do Botafogo em nenhum momento referiu-se à arbitragem nem “ofendeu qualquer um de seus integrantes”.
Os advogados afirmaram que o empresário está comprometido em promover debates sobre manipulações no meio esportivo, destacando que o que o STJD analisou até então é apenas “a ponta do iceberg”.
Esta não é a primeira vez que John Textor se encontra no centro de uma controvérsia desse tipo. Anteriormente, ele foi alvo de uma notificação de infração da Abrafut após uma entrevista concedida logo após a derrota do Botafogo para o Palmeiras.
Como resultado, o norte-americano foi suspenso preventivamente por 30 dias e posteriormente punido com mais cinco dias de suspensão pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD, além de receber uma multa de R$ 25 mil.
O embate entre John Textor e a Abrafut parece longe de encontrar um desfecho, enquanto as questões sobre declarações públicas e seus impactos no ambiente esportivo continuam a gerar debates intensos nos bastidores do futebol brasileiro.
