Jogador fingiu ser sequestrado para não treinar no Botafogo

Qual o botafoguense que não lembra dessa história? Há nove anos atrás, Somália fingia sequestro para não treinar no Botafogo. A história rende memes até os dias de hoje, mas, na época, foi bastante complicada para o clube e para o jogador.

No dia 5 de janeiro de 2011, quando o clube se reapresentaria para a temporada de 2011, todos foram surpreendidos com a trágica notícia sequestro relâmpago do ex-volante Somália, que depois todos descobriram que foi somente uma desculpa para que o atleta não comparecesse a reapresentação.

Para relembrar o ocorrido, o Globo Esporte entrou em contato com Gustavo Rotstein, setorista do Botafogo no GloboEsporte.com em 2011 e responsável por acompanhar o episódio de perto. Ele, conta que a situação foi bastante complicada na época.

Somália e Botafogo

“A gente saiu do treino sem saber e, mais tarde, o Botafogo divulgou que foi informado pelo jogador que ele havia sofrido um sequestro relâmpago a caminho do estádio, e o clube já tinha mandado um advogado para a delegacia para prestar assistência a ele. No dia seguinte, as páginas policiais dos jornais é que vieram com essa informação de que a polícia investigava uma suposta comunicação falsa de crime. Foi o próprio Botafogo que o instruiu a fazer esse depoimento, mas ele começou a se contradizer.” – disse o setorista.

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Somália também foi procurado pelo jornal para falar sobre o assunto mas preferiu não comentar. Porém, neste ano, o atleta falou sobre o caso com Joel Santana em seu canal no Youtube:

“Foi uma infantilidade tremenda de escutar outras pessoas. Causou muito mais problemas para mim do que para outras pessoas. Na época eu bebia, estava alcoolizado no dia e era uma reapresentação. Tinha toda questão de não decepcionar as pessoas que investiram em mim na época. Eu tinha contrato de um ano, tinha acabado de renovar depois de ter jogado o Campeonato Brasileiro. Estava jogando bem, me destacando um pouco e tinha toda aquela tensão: “Pô, não posso decepcionar o Papai (Joel), o Anderson Barros e as pessoas que confiavam em mim”. Foi um ato impensado.” – disse o jogador.

A relação de Somália com o clube nunca mais foi a mesma depois do acontecido.