Chefão do Botafogo confirmou a melhor notícia do ano para o Botafogo

Desde a entrada do Botafogo no modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o clube carioca tem realizado um intenso trabalho de reestruturação financeira. Quando o processo começou, o Botafogo enfrentava uma situação de quase falência, com um passivo de R$ 1,1 bilhão e receitas anuais de apenas R$ 120 milhões.

No entanto, em apenas dois anos, o clube conseguiu aumentar sua receita para R$ 530 milhões, conforme destacou um dos gestores da SAF, Thairo Arruda. Para saber mais detalhes acompanhe as informações a seguir no Portal do Botafoguense.

Botafogo reduz passivo de R$ 1,1 bilhão para R$ 600 milhões em dois anos sob a gestão de John Textor

“Nosso primeiro trabalho foi entender o passivo e as oportunidades que tínhamos de destravar receitas. Fechamos o ano passado com R$ 530 milhões de receita. Em dois anos, é incrível o nível que crescemos”, afirmou Thairo.

Desde a chegada de John Textor, uma das principais prioridades do Botafogo tem sido a gestão das dívidas. O clube já quitou R$ 130 milhões em vencimentos cíveis e, na esfera trabalhista, adotou o Regime Centralizado de Execuções (RCE) nos primeiros dias da SAF.

Segundo Thairo, o passivo do Botafogo é dividido em três categorias: trabalhista, cível e tributário. O foco inicial foi nas dívidas trabalhistas, que somavam R$ 220 milhões. “Assumimos o clube com R$ 220 milhões de dívida trabalhista, reestruturamos o RCE de forma que hoje temos R$ 150 milhões. Está bem equalizado, pagamos direitinho e os credores estão felizes”, explicou Thairo.

O segundo passo foi abordar as dívidas cíveis, que totalizavam R$ 440 milhões. O clube optou por uma Recuperação Extrajudicial, oferecendo duas opções aos credores: pagamento rápido com um desconto de 90% ou pagamento a longo prazo com um desconto de 40%. Com uma adesão de 65%, o Botafogo liquidou R$ 130 milhões no curto prazo, restando R$ 310 milhões com desconto, reduzindo a dívida cível para R$ 180 milhões.

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“A terceira etapa é trabalhar o tributário. Estamos em andamento e a expectativa é finalizar até o final do ano. E aí vamos concluir o trabalho de reestruturação do passivo do Botafogo”, completou Thairo, projetando um passivo total de R$ 600 milhões ao final do ano, comparado aos R$ 1,1 bilhão iniciais.

Apesar dos avanços, o Botafogo ainda enfrenta desafios. Em maio, o clube foi acionado na Justiça por um escritório de advocacia devido a 13 processos relacionados a comissões para intermediários, direitos econômicos, verbas rescisórias e trabalhistas, entre outros, totalizando cerca de R$ 20 milhões. Thairo esclareceu que nem todos esses valores são reconhecidos pela diretoria da SAF.

“Nosso trajeto não é só rosas e flores. É muito difícil gerir um clube e o meio do futebol em si. A mídia tem um papel predominante no meio dos clubes”, disse Thairo. “Até hoje, no começo da SAF, tivemos R$ 38 milhões de luvas para empresários e nós fizemos R$ 26 milhões. Temos alguns desentendimentos de valores com alguns empresários.”

Thairo enfatizou que o clube paga bem e em dia a maioria dos empresários, mas problemas pontuais são levados para discussão para garantir um valor justo para o clube. Ele também mencionou que a comunicação e a imagem do clube são frequentemente influenciadas por disputas com empresários que atuam contra os interesses do Botafogo.

Com um trabalho consistente de gestão financeira, o Botafogo está no caminho para consolidar sua recuperação e estabelecer uma relação de passivo e receita mais equilibrada, avançando na sua trajetória como SAF.