Auxiliar do Abel Ferreira revelou estratégia secreta contra o Botafogo

João Martins, assistente técnico de Abel Ferreira no Palmeiras, revelou as táticas sigilosas empregadas pelo treinador durante as conferências de imprensa, quando o Botafogo mantinha uma vantagem significativa no Campeonato Brasileiro. 

Contrariamente aos elogios diretos, Ferreira buscava transferir a pressão para o lado do Botafogo. Surpreendentemente, parece ter funcionado.

Estratégias de Abel Ferreira: a chave do Palmeiras para superar a Liderança do Botafogo

“Foi intrigante, porque quando a diferença aumentou, Abel começou a adotar um discurso: ‘Vou considerar que estamos fora da disputa pelo título, apenas para intensificar a pressão sobre o Botafogo como líder. Sempre que questionado, direi que o Botafogo é o favorito, que têm tudo para vencer, que tudo depende deles“, compartilhou Martins ao jornal português “Tribuna Expresso”.

Martins detalhou como Abel Ferreira orquestrou a estratégia do Palmeiras para desafiar a vantagem significativa do Botafogo, que em um momento chegou a 13 pontos à frente, mas terminou com o Palmeiras seis pontos à frente do Botafogo, na quinta colocação.

Todos os anos criamos uma narrativa para toda a competição. A história deste ano foi o ‘Monopólio’. A imagem nas nossas reuniões pré-jogo era o tabuleiro do Monopólio, cada casa representando cada partida. Abel sempre começava dizendo: ‘Ainda há um longo caminho nesta estrada’, referindo-se ao trajeto do Monopólio. O interessante é que no final da reta, há uma curva, e ele dizia: ‘Vamos ver se eles não escorregam nesta curva’ [referindo-se ao jogo Botafogo x Palmeiras, que terminou 4-3 depois do Palmeiras ter estado perdendo por 3-0 no intervalo]. É curioso que tenha sido nessa curva que reduzimos a diferença para dois ou três pontos. Quando assumimos a liderança, ele disse: ‘Vamos tirar o espelho retrovisor do nosso carro; só importamos nós contra nós mesmos. Se formos mais rápidos do que quem está atrás de nós, eles não nos alcançarão’. Ele sempre citava o Verstappen, competindo consigo mesmo. Ele gosta muito de esportes motorizados porque o pai dele era mecânico. Esqueça quem está atrás; é nós contra nós mesmos“, revelou o assistente técnico.

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As táticas mentais de Ferreira parecem ter tido um impacto significativo no estado mental da equipe, reduzindo gradualmente a vantagem do Botafogo até o Palmeiras ultrapassar. Isso exemplifica como o jogo psicológico estratégico pode moldar a trajetória de um campeonato acirrado.